quinta-feira, 1 de outubro de 2009

sem título

um carta encontrada numa esquina do banco de uma praça entre o concreto... e o abstrato!
ceres, ser amado,
os existentes deste planeta, os humanos, são estranhamente contraditórios, se dizem usurpados, traídos, não amados. curiosamente, porém, na primeira oportunidade é isto mesmo que fazem ao outro, salvo se o outro for então um seu amigo (se bem que às vezes, por razões obscuras, até aos amigos o mal se faz). o caso é que se o injusto de então não me toma por um dos seus, o que faço? como eles dizem: vou à caça com um gato? talvez como um lobo.
sempre esqueço, aqui os fatos nem são tão simples, nem são tão leves. um mundo antagônico!
pessoas não são sonho, mas dura realidade, são consciência, racionalidade e contudo imprevisão e passion.
me descuidei ceres, pensei fosse de outro modo, agora sigo com a sapiencia do mal e com desejo de outros atos e conforme alguns: não perder a fé, é preciso, senão sucumbo.
esta é a razão que me faz querer com agonia os humanos com os quais me encantei, embora esteja atenta à porrada e ao esporro. que seja quando for. cuidemos de nós, cuidemos de não embrutecer e, quando vierem dias de esgotamento de mundo nos esgueiremos até a fenda, até o silêncio, à solidão.
esteja bem, ceres ser amigo e haja com cuidado ao atravessar a porta.
de afeto e de sol
bruma

3 comentários:

Márcia Alcântara disse...

Simplesmente não sei,mas estou aqui. Perdida. Mas no meu perder-me encontrei a ti! Amo vc!

-d.c.- disse...

já viu alguém se identificar com outro senão com a Macabéa? eu não... mas quem de fato a é? eu não.

d.

CORTINOVE disse...

Você escreve muito bem... parabéns.