domingo, 23 de maio de 2010

ausência

vivemos e habitamos uns aos outros entre as lacunas dos dias. minhas memórias se reconstrõem no reencontro de histórias alheias. a vida é surpreendente! tenho guardadas solidão e saudade, minhas raízes ficaram lá no "alto da boa vista" e por alguns anos morri, renasço agora na ausência tão dolorosa de meu pai e no reencontro com este passado. orfã muito cedo, faltava ainda muito dele para ser recebido por mim. os dias são alegres e eu tenho trabalhado tanto! assim as ocupações a que me dou preenchem os espaços, porém nunca me senti tão angustiada e tão só quanto agora. não há quem abra aquela porta, não há quem sente no sofá da sala, não há quem esteja junto e me traga alguma paz...

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