domingo, 23 de maio de 2010

Meu nome

minha existência resume-se a uma angústia, uma falta do que não sei. nada que se faça, ou que se não faça, fará diferença na existência minha ao fim.
e o que dizer de existência! este signo que não basta, quando agora me faltam palavras enquanto me sobram agonias. e o que levo na dicotomia do que fizeram de nós: homem corpo, homem alma.
este que sou eu é toda a infinita falta do sentido e solidão de si. passo os dias me dando às minhas ocupações. assim vou àquele lugar todos os dias, mesmo querendo estar em outro, mas se em outro estivesse que mudaria no fim?
me alegro de tudo e sento, observo e depois me calo: não há o que se diga, porque não importa, porque nada acontece no meu dizer. e sou toda um fundo, fundo, fundo...
desejaria abandonar-me no viver, mas algo me prende a mim e aflora sensações, não racionalidades, não linguagem possível que constitua, apenas sensações neste corpo que eu sou e isto é tudo, mas é o quê?
após o silêncio, ainda há silêncio. após o vazio, ainda vazio. após o nada, nada.
eu estou aqui.
um 12 de março, quarta-feira, quase horas...

Um comentário:

Paula Carrara disse...

Que legal a construção do teu blog.... acho um ótimo exercício de expressão e de diálogo interior a escolha do que tornar público sobre nós mesmos.
Adorei!

Beijinhos